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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Caso Kuřim - o caso real em que o filme "A Órfã" foi baseado.

E quando eu penso que já vi os piores casos, eis que tomo conhecimento deste aqui. Não há palavras para descrever tanta maldade. Curioso o sobrenome das "irmãs" Maureová, começar com "MAU".


                                           Barbora Skrlová



Klara Maureová

Klara Maureová nasceu em Kurim, Tchecoslováquia, em 1975. 

Tinha distúrbios desde muito jovem, chegou a ser comparada com Joana D`Ark por seu misticismo, dizia ser destinada a servir em uma missão designada por Deus. Sua irmã mais nova, Katerina, era tão perturbada quanto ela. As duas fantasiavam com coisas grandiosas que fariam no futuro. Com o passar dos anos, Klara chegou a estudar em uma universidade, mas nunca conseguiu libertar-se de suas fixações pseudoreligiosas. Não passou muito tempo até que conseguiu ser independente, indo viver junto com um homem com o qual viveu, segundo suas próprias declarações, uma corrida vida sexual. Engravidou e teve dois filhos: Ondrej e Jakub.

Katerina Maureová

Devido ao caráter violento e doentio de Klara, o casamento não durou muito tempo. Após a separação, ela ficou sozinha com os filhos. Apesar de suas excentricidades, era uma boa mãe; passava bastante tempo com seus filhos, os amava e zelava por eles. Entretanto, a solidão estava tomando conta dela. Klara procurou sua irmã Katerina, que foi morar com ela e os sobrinhos.

Klara e os filhos.

Klara e Katerina conheceram Barbora Skrlová, de 33 anos, que estudava na mesma universidade que Katerina. Esta mulher tinha uma rara doença glandular: sua aparência era de uma menina de doze anos e constantemente ela se aproveitava disso para se passar por menor de idade, assim escapava de sanções e de ações legais. Barbora até havia sido adotada por um casal, que a confundiu com uma menina. (Daí a ideia para o filme “A órfã”) Com caráter violento e personalidade duvidosa, Barbora passou muito tempo de sua vida fazendo tratamento psiquiátrico, esteve também internada, mas conseguiu fugir com facilidade.

Barbora

A presença de Barbora Skrlová nas vidas de Klara e Katerina, mudou tudo. As personalidades delas (que já não eram comuns) foram completamente afloradas pela nova amiga. Segundo declarações do psiquiatra Zdenek Basný, que a atendeu, as mudanças de identidade da mulher com aspecto de criança se deviam a um distúrbio mental: “Toda a história de Barbora Skrlova está rodeada por um enigma em que ela participa de maneira estranha. Não existe uma explicação clara, mas minha hipótese é que se trata de uma distorção psíquica grave com perturbação de identidade.”

Klara

Barbora

Por influência de Barbora, as irmãs se entregaram a um culto chamado “Movimento Graal”, que afirmava ter centenas de seguidores na Inglaterra, assim como dezenas de milhares de pessoas ao redor do mundo. Este movimento se baseava nas escrituras criadas entre 1923 e 1938 pelo alemão Oskar Ernst Bernhardt, recolhidos na mensagem do santo graal, nos quais era afirmado que o homem pode chegar ao paraíso fazendo coisas boas na terra.

Barbora 

Mas um dos preceitos do grupo era que seus integrantes estavam livres de tabus sociais, como o incesto, a antropofagia e o homicídio. Todos recebiam ordens de um líder desconhecido a quem se chamava de “O Doutor”. Ele se comunicava com seus seguidores apenas através de mensagens de texto enviados a seus celulares. “O Doutor” apoiava a escravidão, o maltrato infantil e a promiscuidade sexual, em razão de um suposto sentido libertário.

Barbora

Graças à influência de Barbora, Klara raspou o cabelo e as sobrancelhas. Se vestia com farrapos e parou de tomar banho. Sua irmã Katerina apoiava todas as atitudes de Klara e Barbora. Além disso, Barbora se comportava de maneira dupla: em parte era uma mulher adulta e por outra parte era uma menina. Tinha ciúme da atenção que Klara dava aos seus filhos. Pouco a pouco,ela começou uma leve campanha contra eles. Os acusava de cometer travessuras, quebrar objetos e comportar-se mal.

Klara, Barbora e os meninos

Klara passou a castigá-los. Entretanto, a frequência de acusações aumentou tanto, que Klara, desesperada pelo suposto mau comportamento dos filhos, pediu conselhos à autora de tudo. Barbora, feliz ao tornar-se dona da situação, lhe sugeriu que construísse uma jaula de ferro para prender as crianças.

ATENÇÃO! A PARTIR DAQUI O TEXTO COMEÇA A FICAR MUITO PESADO, CONTO DETALHES DAS TORTURAS QUE ELAS FAZIAM COM OS PEQUENOS MENINOS. É BEM FORTE! SE VOCÊ SE IMPRESSIONA, NÃO LEIA!!!!

A jaula foi encomendada a um ferreiro da localidade (que não desconfiou de nada). A colocaram no sótão da casa. O que parecia muito natural para Klara e Katerine; e era através das barras que os meninos poderiam receber alimentos e ficariam sem possibilidade de se comportarem mal. Era o ano de 2007. Os meninos foram despidos e presos na jaula. Não sabiam, mas permaneceriam ali por mais de um ano!

Barbora deu novas instruções, que as irmãs seguiram ao pé da letra. Começaram a torturar as crianças. Queimavam-lhes com cigarros nos braços e pernas. Amarravam-lhes e amordaçavam quando recebiam visitas. Espancavam-lhes e davam choques elétricos através das barras de ferro da jaula. Açoitavam-lhes com chicotes e os afogavam. Mantinham-lhes nus o tempo inteiro e jogavam água fria neles para lavá-los uma vez por semana. As crianças tinham que dormir no chão, sem cobertas, junto com sua urina e excrementos. Às vezes lhes davam o que comer. Se choravam, eram golpeados através das barras.

Um dia, Barbora teve uma ideia. Começaram a alimentar os meninos abundantemente. Eles aumentaram de peso e então, Klara pegou uma faca afiada, foi à jaula e pediu para Ondrej lhe estender a perna. Após isso, Katerina e Barbora seguraram o membro do menino enquanto Klara, com a faca, arrancava pedaços de carne do filho. O menino gritava de dor e terror, seu irmão fazia o mesmo. Após cortar vários pedaços, as três comeram na frente deles, não se importando com os gritos dos pequenos meninos.

Seu outro filho, Jakub, permaneceu com medo por um mês. Sabia que cedo ou tarde, aconteceria o mesmo com ele. Assim foi. A sessão seguinte de canibalismo ocorreu com ele. Sua mãe cortou pedaços de seus braços. A partir deste momento, cada mês o sangrento ritual acontecia: as três subiam, Klara arrancava pedaços de carne de um dos meninos e as três "devoravam" ali mesmo.

Barbora teve uma ideia para controlar mais as crianças, essa ideia seria sua condenação. Katerina comprou em uma loja de aparelhos eletrônicos, uma câmera de vigilância sem fio, daquelas utilizadas para supervisionar bebês. Instalou no sótão. Através dela, podiam observar o que os meninos faziam e também assistir quando alguma delas torturava-os.

Ondrej

Jakub

O quarto das torturas

Mas algo inesperado aconteceu. Um homem, sua esposa e filho se mudaram para a casa ao lado e o homem instalou uma câmera igual para monitorar o quarto de seu bebê. Sua surpresa foi extrema (posso imaginar o quanto!) quando, em vez de ver o quarto de seu filho, o que viu foi o ritual das três mulheres, torturando as crianças. Passaram dias até que se deu conta de que o sinal que estava interceptando vinha da casa de suas vizinhas.




O homem gravou um vídeo com as imagens e fez a denúncia para a polícia. Em 10 de maio de 2007 os agentes arrombaram a casa. Klara e Katerina se colocaram ante a porta que conduzia ao sótão, tentando impedir que os agentes entrassem. Os policiais as removeram e levaram a uma viatura. Quebraram os cadeados e entraram. O que encontraram ali lhes causou horror.

O fedor de sangue, urina e fezes era insuportável. O chão estava pegajoso e as paredes estavam cobertas de sangue. Um dos meninos estava desmaiado; o outro estava em estado de choque. Ambos apresentavam feridas horríveis, com os corpos apodrecidos e vários locais em carne viva.

Klara

Prisão

As irmãs Maureová

Parada em frente à jaula estava uma menina segurando um ursinho de pelúcia. Ao ver os agentes, correu para seus braços. Disse-lhes que se chamava Anika, tinha 12 anos e que era filha adotiva de Klara. Os agentes a levaram dali rapidamente. Uma vez na rua, a suposta menina aproveitou que os policiais tentavam desesperadamente abrir a jaula de ferro, para fugir: se tratava de Barbora.

O caso foi um escândalo. As crianças foram hospitalizadas e um deles não resistiu. O outro pode declarar em juízo contra sua mãe e sua tia, narrando os horrores vividos naquele sótão durante um ano. As duas mulheres responsabilizaram Barbora, mas quando a polícia emitiu ordem de prisão à mulher, não a localizaram.


O pai dos meninos

Não querendo julgar, mas já julgando. Onde é que ele esteve esse tempo todo? Nem sequer quis visitar as crianças! Relacionamentos amorosos acabam, mas paternidade é para sempre. Se ele fosse presente, mesmo divorciado da mulher, isso não teria acontecido. É só minha opinião, que sei que muitos dos leitores não gostam quando posto, reclamam nos comentários, mas me desculpem, o blog é meu e dou minha opinião de vez em quando sim. Fiquem a vontade para dar a opinião de vocês nos comentários. 

Continuando: Barbora havia fugido para a Noruega, onde assumiu outra identidade falsa: dizia ser um menino, chamar-se Adam e ter 13 anos. Um casal norueguês a adotou. Ela passou a frequentar a escola primaria.  Nas fotos que vocês viram dela careca, era ela se passando por menino.

Passou-se quase um ano até que a polícia conseguisse encontrá-la. Foi presa na Noruega, ante o olhar surpreso de seus pais adotivos que não podiam compreender por que uma criança era capturada como uma criminosa. Quando lhes contaram que não era uma criança de 13 anos, mas sim uma mulher de 36, entraram em choque.

 Barbora foi extraditada para a República Checa onde foi julgada junto com Klara e Katerina. 

Sua doença e  sua estranha personalidade inspiraram um filme de terror: A Órfã, que conta a história de uma mulher que engana as pessoas se passando por uma criança e cometendo crimes terríveis.

O canto do psicopata

Os xavecos que ele usa para manipular os colegas 

"EU GOSTO DE QUEM VOCÊ É"

Por que funciona - O psicopata mostra admiração pelo talento e pelos pontos fortes da vítima. E passa a ser visto como um dos poucos a reparar verdadeiramente no potencial dos colegas. 

"EU SOU COMO VOCÊ"

Por que funciona - O psicopata identifica características da personalidade da vítima e faz de conta que compartilha gostos e interesses.

"SEUS SEGREDOS ESTÃO SEGUROS COMIGO"
Por que funciona - A vítima, achando que está diante de um amigo, abre o coração e conta medos e expectativas. 

"SOU SEU AMANTE/AMIGO IDEAL"
Por que funciona - Último estágio da manipulação. O psicopata cria um elo psicológico que promete uma relação duradoura. A vítima já está em suas mãos.

10 pistas para identificar um psicopata

Só um psiquiatra conseguiria dar o diagnóstico certo. Mas, se algum colega de firma tiver esses traços, dá para suspeitar

Relacionamentos
Superficial
Não se importa com o conteúdo, e sim em como vendê-lo.

Narcisista
Preocupa-se apenas consigo mesmo.

Manipulador
Mente e usa as pessoas para conseguir algo.


Sentimentos


Frieza
É racional e calculista, pois tem pouca atividade no sistema límbico, centro de emoções como medo, tristeza, nojo.

Sem remorso
Não sente culpa. A parte responsável por isso no cérebro tem baixa atividade.

Sem empatia
Não consegue se colocar no lugar dos outros.


Irresponsável
Só se compromete com o que lhe trouxer benefícios.


Estilo de vida

Impulsivo
Tenta satisfazer as vontades na hora.

Incapaz de planejar

Não estabelece metas de longo prazo.

Imprudente
Corre riscos e toma decisões ousadas.

Psicopatas

Bom oi ente eu nn ando publicando muito pq eu estou cheia de provas e tals !
Mas segunda minha prof passou um trabalho sobre transtornos mentais ai podia escolher !
Eu obviamente escolhi psicopatas , bom então vou postar umas coisinhas aqui! toda essa matéria eu achei no site da super interessante (http://super.abril.com.br/cotidiano/psicopatas-s-629048.shtml)
Luana conseguiu o emprego com que sempre sonhou. Era em uma empresa farmacêutica conhecida por seu ambiente competitivo, mas também por bons salários e chances de crescer profissionalmente. Nova no escritório, logo ficou amiga de Carlos, um sujeito atencioso de quem recebeu até umas cantadas.

Em poucos meses, apareceu a oportunidade de Luana liderar seu grupo na empresa. Parecia bom demais não fosse uma inquietação ética. Ela desconfiava que a companhia garantia a venda de seus produtos graças a subornos a médicos. Isso incomodava tanto Luana que, durante um intervalo para um lanche, ela desabafou com o amigo Carlos. Ele também parecia indignado com a situação. Seria uma conversa normal entre colegas de trabalho - se Carlos não tivesse se aproveitado. Em um momento de distração de Luana, ele pegou o celular da colega e ligou para o chefe de ambos. Caiu na secretária eletrônica, que gravou toda a conversa seguinte entre Carlos e Luana. A moça, grampeada, chegou a questionar se o chefe poderia ter algo a ver com os subornos. Acabou demitida por justa causa. Carlos tomou o lugar de líder que seria dela. 

A história é real (os nomes foram trocados). E esse Carlos, um cretino, não? Na verdade é pior: ele age exatamente como um psicopata. Há 69 milhões de psicopatas no mundo, o que dá 1% da população em geral. Então, no fim da história, Carlos faz picadinho de Luana, certo? Errado. Sim, há muitos psicopatas violentos, como Hannibal Lecter de O Silêncio dos Inocentes ou Pedrinho Matador, que afirmava ter assassinado mais de 100 pessoas. Por isso a cadeia é um dos dois lugares em que se encontram muitos psicopatas. Eles são 20% da população carcerária e 86,5% dos serial killers. Mas um psicopata não necessariamente vira assassino. Na verdade, ele vai atrás daquilo que lhe dá prazer. Pode ser dinheiro, status, poder. É por isso que outro lugar fértil em psicopatas, além da cadeia, é a firma. 

Pode ser uma empresa pequena, como a loja de sapatos da esquina. Pode ser uma fundação, uma escola. O importante é que o psicopata enxergue ali a chance de controlar um grupo de pessoas para conseguir o que quer. Mas poucos lugares dão tanta oportunidade para isso do que uma grande companhia. "Psicopatas são atraídos por empregos com ritmo acelerado e muitos estímulos, com regras facilmente manipuláveis", diz o psicólogo Paul Babiak, especialista em comportamento no trabalho. 

Até 3,9% dos executivos de empresas podem ser psicopatas, segundo uma pesquisa feita em companhias americanas. Uma taxa de psicopatia 4 vezes maior do que na população em geral. Eles não matam os colegas, mas usam o cargo para barbarizar. Cancelam férias dos subordinados, obrigam todo mundo a trabalhar de madrugada, assediam a secretária, demitem sem dó nem piedade. Isso quando não cometem crimes de verdade. Um terço das companhias sofre fraudes significativas a cada ano, de acordo com uma pesquisa de 2009 realizada pela consultoria PriceWaterhouseCoopers, que analisou 3 037 companhias em 54 países. Por causa dessas mutretas, cada uma perde, em média, US$ 1,2 milhão por ano. Muitos desses golpes podem ser obra de psicopatas corporativos. 

"Eles são capazes de apunhalar empregados e clientes pelas costas, contar mentiras premeditadas, arruinar colegas poderosos, fraudar a contabilidade e eliminar provas para conseguir o que querem", diz Martha Stout, psiquiatra da Escola Médica de Harvard por 25 anos e autora do livro Meu Vizinho É um Psicopata. E fazem isso na cara dura, como se não estivessem nem aí para o sofrimento alheio. É que, na verdade, eles não estão ligando nem um pouco mesmo.

Como os colegas mais violentos, os psicopatas de colarinho branco não pensam no bem-estar dos outros, nem sentem culpa quando pisam na bola. Por isso passam por cima de regras, estejam elas formalizadas em leis ou somente estabelecidas pela ética e pelo senso comum. Acontece que o cérebro deles é diferente de um cérebro normal. No caso do psicopata, a atividade é maior nas áreas ligadas à razão do que nas ligadas à emoção, o que o faz manter-se impassível diante de tragédias - seja um gatinho em apuros, seja uma chacina em um orfanato. (veja mais no quadro da página 53). Como não consegue se colocar no lugar dos outros, o psicopata usa e abusa dos amigos - puxa o tapete dos colegas sem se preocupar com código de conduta corporativo ou consequência na vida alheia. 


Pega na mentira

Graduação em universidade concorrida. Pós-graduação no exterior. Livros publicados. "Empregadores sabem que 15% ou mais dos currículos enviados para cargos executivos contêm distorções ou mentiras deslavadas", afirma Babiak. "Psicopatas fazem isso. Podem fabricar um histórico feito sob medida para as exigências do trabalho e bancá-lo com referências falsas, portfólio plagiado e jargão apropriado." Claro, com algumas perguntas específicas um entrevistador é capaz de desmascarar candidatos mentirosos. O problema é que um psicopata tem tudo para deitar e rolar em uma entrevista de emprego. 

Muitas vezes o entrevistador não está tão preocupado com o conhecimento técnico do candidato. Quer mais é saber se ele é capaz de tomar decisões, relacionar-se com pessoas, motivar equipes. "A ‘química’ entre candidato e avaliador tem muita importância", diz o psicólogo. E aí um psicopata conta com um trunfo maior do que qualquer MBA: tranquilidade. Ele não vai passar horas em frente ao espelho decidindo a melhor roupa para a entrevista. Nem vai sentir as mãos suarem por medo da conversa. Um psicopata terá a segurança necessária para engabelar o avaliador, usando alguns termos técnicos, um punhado de histórias de competência no trabalho e um sorriso aberto que dirão em conjunto: "Sou a pessoa certa para a vaga".

O segredo desse charme todo está em saber "ler" as pessoas. Psicopatas podem não ter emoções, mas conseguem analisar muito bem como e por que as outras pessoas se emocionam. São estudiosos da natureza humana, prontos a usar o que aprenderam para o próprio interesse. Descobrem os hábitos e gostos dos colegas, se aproximam, criam um vínculo aparente. Assim conseguem convencer a colega de coração mole a fazer o trabalho por eles no fim de semana. Ou extrair informações sigilosas da secretária do presidente. Ou botar a culpa nos outros pelos problemas que aparecem. Aquela concorrente obstinada e perfeccionista conseguiu se promover trabalhando até as madrugadas? Ela não ia gostar de ouvir que é uma folgada e só conseguiu aumento se engraçando com o chefe. Bingo: basta espalhar essa história por aí para atingi-la. Desequilibrada pelo fuxico, ela poderia se tornar em breve um obstáculo a menos. 

Atitudes assim passam despercebidas em empresas que estimulam a competição entre os funcionários. Se a companhia está obcecada pelos resultados que cada empregado gera, é possível que não preste tanta atenção ao cumprimento da ética no ambiente de trabalho. Movida a competitividade, a empresa americana de energia Enron foi do estrelato ao fundo do poço por causa de fraudes cometidas por executivos do mais alto escalão. A empresa começou o ano de 2001 como uma gigante, com faturamento de US$ 100,8 bilhões. Seus empregados sabiam que precisavam trabalhar como loucos. Todo semestre, um ranking interno nomeava os 5% melhores funcionários. Em seguida vinham os 30% excelentes, os 30% fortes, os 20% satisfatórios e, por último, os 15% que "precisavam melhorar". Se não melhorassem até a próxima avaliação, eram mandados para o olho da rua. E quem avaliava as pessoas? Os próprios colegas. O sistema parecia impulsionar a produtividade. Até que descobriram que a competição impulsionava mesmo eram falcatruas para garantir uma boa posição interna. No fim de 2001, fraudes que somavam US$ 13 bilhões engoliram a empresa. A Enron faliu. "Algumas compa­nhias competitivas contratam pessoas tão agressivas e ambiciosas que acabam deixando para trás questões importantes do mundo da moral", afirma Roberto Heloani, psicólogo social e professor de gestão da FGV de São Paulo e da Unicamp. 

Ainda que a companhia ofereça um ambiente propício à trairagem, o psicopata precisa procurar a hora certa para agir. Vítima de Carlos, Luana teve seu momento de fraqueza - bobeou, dançou. Empresas também têm seus momentos de fraqueza. Quando uma companhia compra um concorrente, seu caixa fica pobrinho, vazio. Muito dinheiro saiu de lá, e os acionistas estão ansiosos para saber quando o gasto dará retorno. O que algumas fazem, então? Procuram alguém capaz de produzir um milagre e encher o cofre de novo rapidinho. É aí que o psicopata se apresenta como o melhor gestor. Claro que é mentira - ele apenas tem maior capacidade de manipular sua imagem e vender ilusões. "Sem tempo para fazer uma análise minuciosa, as empresas compram essa imagem", diz Heloani. 

Outra chance de dar o bote: crise na firma. Essa é a hora, geralmente, em que é preciso cortar gastos. E os chefes são pressionados a ser agressivos. Cortar despesas em 20%, 30% não é fácil. Quer dizer, se você for frio, não tiver medo das consequências nem se importar com os sentimentos alheios, até fica moleza. Coloque comida vencida no refeitório da firma para alimentar os funcionários. Fraude a contabilidade e entregue relatórios que escondam gastos e aumentem a receita - e o problema fica resolvido apenas com uma canetada.

Quando não houver mais o que chupinhar, o psicopata simplesmente sai do emprego. "Talvez você não tenha o emprego mais interessante do ponto de vista financeiro, mas pode preferir ficar na empresa por causa das relações afetivas com os colegas e com seu trabalho. Já um psicopata dificilmente cria vínculo", afirma Heloani. E se for pego antes de sair? Simples: ele mente. Culpa os outros, as circunstâncias, o "sistema", o destino, ou a própria empresa. Inventa um sem-número de desculpas que acabam atingindo seus rivais e eventuais "traidores". 

Bernard Madoff culpou a crise econômica, o próprio sucesso e até suas vítimas pelo esquema que montou com um banco de investimentos nos EUA - e que fez seus clientes perderem US$ 65 bilhões. "Os bancos e fundos deviam saber que havia problemas ali", disse em entrevista a uma revista americana. Incapaz de sentir remorso, charmoso a ponto de ter cativado presidentes de bancos como Santander e Credit Suisse e incapaz de se colocar no lugar de suas vítimas ("Que as minhas vítimas se ferrem. Eu as sustentei por 20 anos e agora tenho de cumprir 150", teria dito na prisão), Madoff já foi apontado por especialistas em crime como um psicopata. (Ele, no entanto, afirmou à imprensa americana ter sido diagnosticado como normal por sua terapeuta.)

Madoff fez carreira como o homem que cuidava dos investimentos dos milionários. "Tio Bernie", como era conhecido, fazia mágica: mesmo quando a economia estava em baixa, prometia um rendimento de 8%, 12%, 15% por ano a seus clientes. Como a história colava? Madoff sabia o que os clientes queriam: investir com alguém que era parte do mundo deles. Esbanjava luxo, com direito a iate na Riviera francesa (US$ 7 milhões), noites no hotel Lanesborough de Londres (US$ 11 600 a diária) e jatinho da Embraer (US$ 29 milhões). Isso fez com que ele conseguisse clientes de peso. E o nome deles serviu para atrair novas vítimas. Com o dinheiro que entrava, Madoff pagava clientes antigos que quisessem sacar os investimentos. Era um esquema de pirâmide. Só funcionaria enquanto a base seguisse alimentada por novas vítimas. Isso inevitavelmente pararia uma hora. E a hora de Madoff foi a crise econômica de 2008. Quando investidores tentaram retirar de uma vez US$ 7 bilhões de seu fundo, ele simplesmente não tinha a grana. O herói de Wall Street acabou desmascarado

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Creepy pasta -Um maluco no pedaço



Alguém já ouviu falar do episódio perdido Fresh Prince? Eu costumava ser um amigo íntimo do filho de Andy Borowitz, e eu ia até sua casa pelo menos uma vez por semana. Eu era jovem na época e realmente não sabia sobre Fresh Prince, eu estava muito ocupado assistindo desenhos animados e provavelmente não teria entendido de qualquer maneira. Quando fiquei mais velho, o filho dele e eu saíamos, talvez uma vez por mês e raramente nos falavamos. No colegial, eu comecei a assistir a reprises de Nick e Nite. O show foi ótimo, e eu não podia acreditar que tinha sido tão próximo filho do criador todo esse tempo. Eu comecei a vê-lo mais e nunca perdi uma noite. Uma noite, eu notei que as mães eram atrizes diferentes, eu estava confuso sobre o porquê eles mudaram abruptamente as esposas. Será que eles acharam que ninguém ia perceber?
Meu último ano nós tivemos que fazer um grande projecto que nos obrigou a estar em um grupo; filho Andy Borowitz estava na minha classe. Nós agrupamos e decidimos nos reunir em sua casa em 6:00 para a pesquisa. Antes de ir para sua casa, cheguei em casa e liguei o meu DVR, eu tinha algumas Fresh Prince lá e decidi assistir a um antes de ir à sua casa. Foi um dos mais novos, onde tiveram a nova mãe. Como eu estava olhando, eu percebi que eu poderia muito bem perguntar Andy o porque da mudança.

Eu fui a casa dele e começamos a trabalhar, mas depois de algumas horas de investigação frustrante, fizemos uma pausa. Eu fui para o banheiro e o seu pai na cozinha, então achei que seria o melhor momento para perguntar sobre isso.

"Oi sr. Borowitz, como vai você?"
"Oh, eu estou bem. Como está o projeto?"
"Estamos dando um tempo agora."

Houve algum silêncio constrangedor e, finalmente, eu deixo escapar o que eu estou querendo dizer a tanto tempo.

"Ei, eu estava assistindo The Fresh Prince no outro dia ... Porque substituiram a mãe por outra?"

"Bem, o contrato da atriz original foi para cima e ela não queria mais fazer isso, então nós colocamos alguém para substituí-la."
"Bem, eu só acho que é confuso para os espectadores. Por que não ter um divórcio, não poderia ter inventado alguma coisa, ou até mesmo matá-la?"

Ele se levantou, congelado, como se tivesse visto um fantasma ou um corpo muito danificado.

"O que você sabe?" Ele perguntou.
"O quê?"
"O que você sabe filho da puta?"
Eu olhei fixamente para ele. Tentei me mover, mas estava com muito medo.

"Eu. .. Eu. .. Eu não sei o que você está falando, senhor."
"Mentira. Quem te disse?"

Por esta altura, eu estava realmente ficando com medo e estava procurando alguma coisa que eu poderia usar como arma para o caso.

"Honestamente, eu não sei o que você está falando!"
Ele me olhou nos olhos por cerca de dois minutos, eu não pisquei.
"Venha ao meu escritório."

Ele saiu e meu coração batia rapido, eu estava coberto de suor e sentia uma merda completa. Corri para o banheiro e joguei água no meu rosto, tentando recuperar a compostura, mas eu estava muito assustado. Eu lentamente entrei em seu escritório, eu poderia ouvir alguns papéis voando e algo arranhando uma caixa. Eu rastejei pra dentro "Sente-se", disse-me ele. Eu não queria irritá-lo, então eu fiz exatamente isso e sentei-me.

Ele estava remexendo uma velha caixa marrom, mas não foi marcado e não tinha nenhuma marca nele. Finalmente, ele encontrou o que estava procurando: uma fita. A fita tinha uma etiqueta com algo escrito com marcador permanente, mas eu não conseguia entender porque ela era suja e desgastada.

Ele jogou sobre a mesa e sentou-se, massageando o lado de sua cabeça ... então, ele olhou diretamente para mim.

"Em 93, quando Janet disse que não queria continuar com o show mais longo, ela surgiu com algumas idéias de como continuar com o show. Havia três ideias:. Ela se mudar para New Jersey, onde ela conseguiu um emprego de professora em Princeton, deixando a família para trás em Bel Air. A segunda foi a de simplesmente encontrar um substituto, como fizeram em outras series. A terceira idéia ... "

Ele fez uma pausa, olhando como se ele estivesse pronto para vomitar. Seu rosto tornou-se extremamente pálido e seus olhos pareciam profundamente triste, ele quase começou a chorar.

"Desculpe-me. (Limpa a garganta). A terceira idéia era acabar com o show e matá-la completamente. Filmamos três e decidiu colocá-los todos de uma votação no final."

"As duas primeiras foram escritas e filmadas dentro do tempo bom. Fizemos isso para o chão de edição e todos eram bons de ir. No entanto, o terceiro tiro foi o mais difícil. Muitos dos membros da tripulação não queria nenhuma parte dela. Os que nunca fizeram ficar totalmente recuperada a partir do que viram. A atmosfera estava tensa durante as filmagens e ninguém sorriu para todos. Normalmente, entre os takes, os atores conversam entre si, mas durante esta sessão e que iria se sentar ou ficar com os braços cruzados, olhando para o chão, até que era sua hora de subir e atirar ".

Até agora, sua voz estava embargada e os lábio superior não conseguia parar de tremer. Ele me deu a fita e me disse para tirar a porra, e para não voltar ou ele iria chamar a polícia.

Eu rapidamente peguei a fita, as minhas coisas e fui para casa.

Quando cheguei em casa já era 11:00. Minha família estava dormindo, e que haviam deixado um pouco de comida no microondas para mim. Eu não sinto vontade de comer. Eu só queria ver a fita.

Eu fui para meu quarto e coloquei a fita no meu DVD/VCR player que ganhei de natal, pausei, fechei a porta. Quando voltei, me joguei na cama e apertei "play" com o controle remoto. Nos primeiros 5 minutos era apenas uma tela negra. Finalmente, a câmera focaliza e você a sala de estar da mansão. O Tio Phil estava sentado, assistindo TV e Carlton estava decendo das escadas. Os dois começaram a falar sobre os planos para a universidade de Carlton, mas você mal poderia ouvir o que eles estavam dizendo. O volume aumentava e diminuía naquela gravação, e não era algo divertido como é normalmente a série; eu tinha certeza que não era algo engraçado por causa das feições mortalmente sérias em seus rostos.

Depois de algum tempo, a família inteira estava na sala de estar, exceto pela mãe. O telefone toca e o Tio Phil atende. Imediatamente ele começa a soluçar. Nesse ponto você finalmente poderia ouvir sobre o que eles estavam falando. Tio Phil foi ao chão, chorando incontrolavelmente e gritando em uma dor agonizante. Os outros sentaram e seus rostos inexpressivos. Os gritos continuaram por alguns minutos até que Carlton pega o telefone e começa a falar com a pessoa na outra linha. Ele diz apenas "yeah" e "adeus". Carlton saiu da cena e você poderia ouvir alguma coisa em latim seguido de um disparo de uma arma. Tio Phil ainda soluçava e gritava, mas o elenco olhava para o local onde Carlton havia saído. Vivian entrou em cena com uma espingarda na mão, também chorando e murmurando alguma coisa em latim. O elenco inteiro se dispersou e correu, menos o Tio Phil, que agora parecia ter convulsões. Vivian apontou a arma para a cabeça dele e atirou. Ela então caçou Carlton acima das escadas e atirou nas suas costas.

Ele gritou de dor, mas não estava morto. Hillary conseguiu fugir junto com Will, e correram para perto da casa dos vizinhos.

Eles bateram na porta, mas não houve resposta. Continuaram batendo e tocando a campainha com o mesmo resultado. Checaram a maçaneta e abriram a porta, entrando e olhando ao redor; a casa não tinha energia ou luz. Eles imediatamente ficaram apavorados e procuraram um telefone. A cena corta para outra um pouco embaçada, onde Vivian amarra Ashley. Ela está chorando, mas é abafada por uma mordaça. Vivian então arrasta Carlton e começa a cantar uma música velha. Ela estava com um estranho, bizarro sorriso e as lágrimas caindo de seu rosto. Carlton começou a fazer uma oração, mas Vivian rapidamente apontou a arma e o mandou parar. Ela virou para Ashley e puxou uma faca, lentamente andou ao redor, cantando...

"Ashley, querida!"
"Uma garota tão boazinha!"
"Uma garota tão bonitinha!"
"Minha garota favorita!"

Ela levantou a faca e desceu com tudo para o pescoço de Ashley, mas antes que a faca a atingisse, a cena ficou preta. Isso foi seguido por uns 10 minutos de aplausos, que viraram murmúrios e depois gritos. Os gritos ficaram mais altos e então a cena voltou para Will e Hillary encontrando corpos mortos no sofá; as paredes e o chão cobertos em sangue, mas sem sinal de Vivian. Hillary diz para Will que eles têm que sair, mas ele diz "Não, eu quero ficar". Hillary começa a gritar com Will tentando convencê-lo, mas eventualmente desiste e corre para fora da casa. Não havia explicação do porquê de terem voltado para casa, tudo que você via era Hillary correndo desesperadamente. Novamente a cena fica preta por quase 1 minuto.

O show termina e os créditos aparecem. No fundo, uma foto de todos sentados no sofá: Tio Phil com a cabeça estourada, Carlton com uma enorme ferida no estômago e os órgãos à mostra, Ashley com a pele arrancada e Will com os membros despedaçados. Vivian estava no meio, sorrindo sentada coberta em sangue.

Depois que os créditos acabaram, a foto ficou lá por bons 13 segundos.

Eu pulei da cama e apertei "ejetar". O VHS retornou, mas a fita ficou atolada dentro. Cortei e limpei a bagunça, comecei a examinar a fita e percebi que ainda havia muito filme do lado esquerdo. Com uma enorme dor no coração, joguei tudo no lixo.

Naquela noite, a figura do fim dos créditos assombraram meus sonhos, em vez de ver a família Banks sentada no sofá... era a minha própria, comigo no meio, sorrindo...